Olhos tristes e inseguros, desconfiança total nas pessoas e no mundo, foi assim que o encontrei.
Movida por um imenso sentimento de compaixão, decidi que iria ajudá-lo, que iria amá-lo e dividir o meu pouco com ele, pois este representava muito para ele. Interessante quando parei para pensar nisso. Sempre considerei tão insignificante o que possuía, mas para ele representava algo de muita grandiosidade, tendo em vista a falta de expectativa, a desesperança e o deserto afetivo em que se encontrava.
E para galgar o deserto realmente não tem sido fácil, é como se o solo necessitasse mas se recusasse a sorver a água do amor, afinal, quem é ela? vai me ajudar ou me abandonar novamente?
E começou uma escola para mim, onde estou aprendendo, dia a dia, ano a ano, a regar essa vidinha com amor, esperança, fé, novos olhares; ajudando-a a ressuscitar os sonhos que se encontravam mortos. Como é bom ver brilhar em seus olhos a possibilidade de ser alguém na vida, de entrar para o mundo dos "normais", dos que seguiram o fluxo natural da existência, sem abandono.
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