Tudo começa com a mudança do olhar sobre quem são estas
crianças dinâmicas, inteligentes, carinhosas, falantes e criativas, que são os
hiperativos! Geralmente, são vistas como mal-educadas, rebeldes,
transgressoras, agressivas etc. Só consegui enxergar uma luz no fim do túnel,
quando passei a estudar e a olhar meu filho adotivo hiperativo com transtorno
opositor desafiador de forma diferente, com olhar de amor e carinho, quando
comecei a tratá-lo com diálogo e compreensão, quando passei a acreditar nele, a
elogiá-lo e estimular seu tremendo potencial. Os maiores problemas que
enfrento, enquanto mãe, é com as escolas, que ainda não conseguiram desenvolver
este olhar, professores que ainda os tratam como empecilhos nas salas de aula,
gestores que ainda não sabem administrar os conflitos, e só veem uma saída:
eliminá-los, como diz Foucault em seu famoso texto Por que matamos o barbeiro?
Os hiperativos precisam de pessoas que neles acreditem, eles
não mentem sempre, eles querem dizer a verdade, mas todos desconfiam deles; eles
querem chances, oportunidades, mas a escola os rotula, massacra sua
autoestima,não valoriza suas habilidades, e vão lentamente os pressionando, a
eles e às famílias, até que consigam expurgá-los da escola. Nem sei se posso
dizer o acesso à escola está garantido, pois quando sabe que são TDHA, não os
recebe, e se o faz não sabem lidar com os mesmos e nem se esforçam para
aprofundar os estudos no sentido de incluí-los. Fica aqui meu desabafo pelo que
não estão fazendo pelo meu filho. Quem se identificar com este relato, teça
abaixo um comentário.
Texto
escrito por T.N.S., mãe que luta para criar uma criança hiperativa e
oferecer-lhe condições dignas de vida, para que se torne um adulto feliz e valorizado.
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