O Jornal Nacional apresenta uma mudança de comportamento
importante dos interessados em adotar um filho ou uma filha no Brasil. Dados do
Cadastro Nacional de Adoção (CNA) mostram que aumentou o número de interessados
que não se importam com a cor da pele ou com a idade da criança. (...)
O número de pessoas que não se importam com a cor da pele da
criança que querem adotar está crescendo. Eram 31% em dezembro de 2010, agora
já são quase 40%. Também caiu o número daqueles que preferem bebês com menos de
1 ano, eles são 16% do total.
Os bons exemplos que aparecem na mídia e o trabalho de
orientação feito por ONGs e pela Justiça estão ajudando a ajustar o sonho dos
futuros pais à realidade das crianças que esperam nos abrigos. A maioria é
negra ou parda, não é bebê e pode ter irmãos dos quais não se separam.
“Nós não temos um depósito que você diz ‘quero uma criança
loira, de olhos azuis, de cabelo encaracolado’. Não tem na estante. São as
crianças que existem e que precisam de família”, ressalta o juiz da Infância e
Juventude, Reinaldo Torres de Carvalho.
E hoje, entre as que precisam, estão os filhos de pais e
mães dependentes do crack. Crianças que merecem uma nova chance e muitas vezes
não conseguem.
“Temos que começar uma nova campanha também em relação a essas
crianças, senão nós vamos deixar que surja um novo grupo que será alvo de uma
nova discriminação”, diz o coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de
Justiça deSão Paulo, Antonio Carlos Malheiros .
Leia mais sobre o assunto em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/cresce-interessados-em-adocao-que-nao-se-importam-com-cor-da-pele.html
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