quarta-feira, 6 de abril de 2016

Escritora conta como o irmão com Down foi banido da convivência familiar

Lisa Reswick*
The New York Times
A primeira vez que vi meu irmão, Jimmy, ele tinha 60 anos de 
idade, e eu estava em pé ao lado de sua cama no hospital 
na cidade de Dunkirk, Nova York. Ele estava entubado 
com pneumonia intratável e dormindo por causa da 
medicação, o pouco cabelo ruivo diferia muito do resto 
da minha família morena. A identificação na pulseira 
dava a data de nascimento: 26 de junho de 1953, 
exatamente 18 meses depois do meu. Até aquele momento, 
eu não sabia o dia de seu aniversário.
Dez dias antes, eu estava trabalhando em Nova York 
quando o telefone tocou. Uma voz disse: "Aqui é a Wanda, 
do asilo do seu irmão Jimmy". Lágrimas rolaram 
imediatamente, embora eu nem imaginasse por que ela 
estava ligando.
Jimmy era o terceiro dos quatro filhos dos meus pais, 
com uma grande incapacidade provocada pela síndrome 
de Down. "Mandem-no embora e se esqueçam dele", foi 
o conselho que receberam.
Na época, havia uma ideia amplamente disseminada 
que ter um filho deficiente - ou com qualquer alteração 
genética - era um julgamento de Deus. Os pais devem 
ter feito algo terrível para merecerem tal castigo. O diretor 
da minha escola no ensino médio alertou os estudantes 
contra o sexo antes do casamento, explicando que ele assim 
procedera uma vez, resultando numa criança que era um 
"vegetal".
Leia mais em 
http://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2016/04/
06/escritora-conta-como-o-irmao-com-down-foi-banido-da-conviv
encia-familiar.htm
Giselle Potter/The New York Times

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